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O INÍCIO DO CINEMA



 

Quem ver as grandes produções em filmes com belas fotografias, efeitos visuais, movimentos de câmera etc, pode não saber, ou imaginar todo o processo para chegar até aqui.

 

Por Osmilde Bispo (@osmildebispo)

O amor pelo cinema, o encantamento que ele proporciona fez com que o homem fosse atrás de elementos que trouxessem benefícios para a evolução da sétima arte.

Foi necessário muito estudo para realizar tudo que é feito hoje, estudo da luz para saber onde e quando usar, óptica que permite o olho ver mais além, entre outros.

O marco inicial do cinema aconteceu em 1895 quando os irmãos Lumiére projetaram um filme em público, “Sortie de L’usine Lumière à Lyon” (Empregados deixando a Fábrica Lumière), um curta-metragem de 45 segundos.

Para que essa produção se realizasse, já se tinha algumas descobertas, criações que permitiram aos irmãos Lumiére fazer o primeiro filme da história do cinema.

Na China, no ano 5.000 a.C. tinha-se o “Teatro de Sombras", que consiste na arte de contar história utilizando sombras, eram projetados em paredes ou telas de linho figuras humanas, de animais, de objetos e um narrador.

Já a Câmera Escura, uma grande descoberta da fotografia, trata-se de uma caixa fechada com um pequeno orifício coberto por uma lente no qual, entra luz. Com isso imagens de objetos exteriores são projetadas no interior da caixa, de forma invertida, pois com o princípio da propagação da luz, permite a fixação da imagem na caixa.

Foi baseado na Câmera Escura que o alemão Athanasius Kirchner criou a Lanterna Mágica. A Lanterna Mágica projeta imagens, é feita com uma caixa cilíndrica e dentro dela a iluminação é feita por uma vela, a imagem projetada é desenhada por uma lâmina de vidro. Com esse aparelho foi possível realizar apresentações na qual, o público se divertia com histórias acompanhadas de músicas e narração.

Outra invenção importante foi o Cinetoscópio criada por Thomas Edison em 1890, através de uma película de celulóide, imagens eram fixadas em uma lente o que permitia exibir filmes curtos e era com a Cinetoscópio que as pessoas podiam assistir a esses filmes, uma projeção individual e não coletiva.

O sucesso do Cinetoscópio foi tão grande que foram criadas cópias e distribuídas pela europa, uma maneira de entreter e lucrar.

Foi a partir do aperfeiçoamento do Cinetoscópio que em 1895 que Auguste e Louis Lumière criaram Cinematógrafo (de onde se originou o termo cinema). O aparelho era movido à manivela e utilizava negativos perfurados, permitia capturar imagens em movimento, era leve por isso se podia levar para onde queria e assim, fazer imagens externas. Foi com o Cinematógrafo que os irmãos Lumiére produziram o primeiro filme,“Sortie de L’usine Lumière à Lyon” (Empregados deixando a Fábrica Lumière).

Até aí o que era produzido com esses aparelhos, eram imagens com uma câmera parada e muitas vezes o cotidiano, o que se chama “teatro filmado”.

E como cinema é evolução, Alice Guy-Blaché (1873-1968) e Georges Méliès (1861-1938) utiliza a câmera para criar narrativas, técnicas para deixar o cinema mais atraente. Alice Guy foi a primeira cineasta mulher e a que primeiro explorou a narrativa em seus filmes. Ela trabalhava na fábrica e produtora de cinema Gaumont, onde os irmãos Lumiére foram apresentar o Cinematógrafo, Alice ficou encantada e começou a experimentar o aparelho. Ela usou a dupla exposição, atrasava ou adiantava a velocidade da câmera para ter efeitos interessantes e assim narrar suas histórias. Alice foi também quem usou pela primeira vez cores e som nos filmes. Morando nos Estados Unidos Alice Guy criou sua produtora e um estúdio para assim produzir seus filmes, anos depois volta para a França porém, não conseguiu seguir sua carreira de cineasta.

Outro nome importante para o desenvolvimento do cinema foi Georges Méliès. Mágico e ator, Méliès desenvolveu a linguagem cinematográfica, usando cortes, sobre-exposição e zoom. Depois de conhecer o Cinematógrafo ele queria utilizar o aparelho em seus espetáculos mas os irmãos Lumiére não o venderam.

Méliès não desistiu, comprou um aparelho semelhante e escreveu roteiros para atuar em seu teatro em Paris. Ele fez grande sucesso, usava truques do teatro e o ilusionismo nos filmes, conseguia grandes efeitos especiais, por isso, é considerado o pai dos efeitos especiais no cinema. O maior destaque vai para o filme Viagem à Lua de 1902.

O cinema só é o que é hoje graças aos primeiros inventores que foram aperfeiçoando, inovando cada aparelho, se dedicando a levar arte para o público.


Referência:


Revisado por:

Renata Meneses (@renatamenesess)

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