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NOUVELLE VAGUE ‘Nova onda do cinema francês’

Atualizado: 20 de set. de 2021



 

Um dos movimentos cinematográficos mais marcantes que influenciou outros movimentos, a exemplo do Cinema Novo no Brasil, contou com importantes cineastas e trouxe um novo olhar no que se refere à forma de produzir um filme.

 

Por Osmilde Bispo (@osmildebispo)


A Nouvelle Vague, traduzido como “Nova Onda”, aconteceu na França entre final de 50 e início de 60, esse termo foi usado por críticos de cinema da revista Cahiers du Cinéma. Fundada em 1951, essa revista dedicava-se à publicação de críticas cinematográficas. André Bazin foi um dos fundadores junto com Alexandre Astruc, que não estavam satisfeitos com os filmes franceses produzidos naquele período, influenciaram jovens cinéfilos com seus textos, ajudando a criar uma geração de cineastas e críticos de cinema. André Bazin desafiou que eles produzissem filmes em que eles acreditavam e gostariam de ver.

François Truffaut, Jean-Luc Godard, Claude Chabrol, Jacques Rivette e Eric Rohmer, esses foram os principais nomes da Nouvelle Vague, diretores que buscaram um diferencial em seus filmes, principalmente na estética.

O que esses diretores buscavam era produzir filmes com cenários reais, conteúdos de cunho social que despertem o olhar do espectador, com histórias simples, de baixo orçamento.

O movimento não concordava com as obras clássicas adaptadas para o cinema, segundo François Truffaut o qual escreveu um manifesto em que dizia que essas adaptações só serviam para garantir bilheteria, além de não permitir usar a imaginação para criar.

Outro ponto importante era a defesa do “cinema de autor". Para eles, o filme deveria ser a forma como o autor se expressa artisticamente e que tanto o roteiro quanto a direção fossem valorizados, assim como a atuação.

Eles buscavam inovação, usavam outro tipo de montagem, rejeitando o estilo dos filmes de Hollywood. Longos planos, plano sequência, profundidade de campo, uso de jump-cuts- cortes bruscos, a ideia é mostrar a construção narrativa da cena através da montagem.

Os filmes do movimento fugiam do convencional, uso de narrativas não lineares, roteiros improvisados, câmera na mão que acompanhavam os personagens, quebra de eixo, rápidas mudanças de cena, utilização das ruas de Paris, que queriam surpreender o espectador e mais que tudo fazer com os mesmos refletissem acerca de determinados assuntos.

O filme da cineasta belga Agnès Varda, La Pointe Courte de 1954 , é defendido por muitos teóricos como o marco da Nouvelle Vague, no entanto o movimento ganhou reconhecimento na França somente em 1959 com o filme Os Incompreendidos de François Truffaut. O filme ganhou o prêmio de melhor direção no festival de Cannes e foi indicado à Palma de Ouro como melhor filme. Acossado, 1960 de Jean-Luc Godard foi outro filme que marcou o movimento.

A Nouvelle Vague tinha como principal proposta fugir do convencional, realizar filmes usando a criatividade e inovação, mesmo com poucos recursos, é usar o cinema para transformar o mundo.

“Uma história deve ter um começo, um meio e um fim, mas não necessariamente nessa ordem.” – Jean-Luc Godard.


Referência:


Revisado por:

Renata Meneses (@renatamenesess)




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